No fundo, seu maior medo não é a morte, é a vida. Ela tem medo de uma vida sem amor, sem um amor verdadeiro.
Ela tem medo de chegar em casa e não ter para quem contar como foi seu dia, ou alguém para quem ela possa cozinhar ou ganhar um chocolate depois de um longo dia no trabalho.
Ela tem medo de ficar ligada ao passado e nunca se perdoar pelas coisas estúpidas que um dia já fez, por se envolver e entregar parte de si às pessoas erradas que se entregou.
No fundo ela só quer um colo, uma morada, um porto seguro. Alguém que a admire por sua personalidade forte mas que conheça seu lado frágil que precisa de toda atenção quando o mundo parece desabar. Ela só precisa de alguém que a ache linda quando ela acorda e que a compre uma rosa, porque ela nunca ganhou. Alguém que a olhe sempre como da primeira vez, e a ame mais ainda depois de saber toda bagagem que ela carrega.
Ela só precisa de alguém que a perdoe quando o amor enfraquecer mas que saiba que ele está lá, sempre estará.
Porque ela é assim, difícil se envolver, se entregar e para ficar com ela é necessário muita coragem para enfrentar esse mundo louco que ela vive.
Mas quando ela ama... Não há obstáculo que ela não possa vencer ou sacrifício grande demais.
O seu mundo dobra de tamanho e sua vida ganha vários sentidos que ela nunca imaginou ter. Seu eu fica em segundo plano porque a felicidade do outro é a sua forma favorita de ser feliz.
No fundo, bem lá no fundo, ela só precisa de alguém que a faça rir todos os dias, porque se tem uma forma fácil de entrar na sua vida, ah! o bom humor é infalível.