Chega um momento da vida em que não sabemos que direção tomar. Não sabemos se preferimos o frio ou calor, azul ou rosa, direita ou esquerda. Acordamos e não sabemos se queremos sair da cama ou passar o dia olhando para o teto. Só sabemos que temos que fazer alguma coisa, tomar uma decisão, uma atitude. Mas.. até que ponto NÓS tomamos as NOSSAS decisões e até que ponto os outros nos influenciam e nos cegam, nos levando a tomar atitudes que não temos certeza?
Em que mundo estamos que pessoas de 15, 16 anos devem decidir o que fazer no vestibular (vestibular, leia-se: o curso da sua VIDA)? Quando lemos dessa forma vemos a proporção e as consequências que essa decisão pode nos trazer. De fato, existem pessoas que nascem prontas, decididas e preparadas para um certo curso e formação, mas e aquelas que não sabem? Que são pressionadas a decidir em um curto período de tempo uma graduação que vai durar no mínimo 5 anos e que vai ditar boa parte da sua vida? Ou aqueles que sabem o que querem mas são desestimulados e forçados a tomar outro rumo "para o seu próprio bem"?
Até quando as pessoas vão achar que tem direito sob as decisões umas das outras com a desculpa de que estão tentando protege-las? A gente precisa aprender que aquelas frases clichês "a vida é muito curta", "a vida passa rápido demais" são tão verdades quanto o céu é azul. Precisamos arriscar, nos jogar de cabeça, nos aventurar e dar a cara à tapa. PRE CI SA MOS tomar nossas próprias decisões, cair, passar aperto, chorar, nos desesperar e.. crescer! Aprender a ser adulto sozinho e aprender a ser sozinho. Conhecer nosso próprio eu, nossos gostos e vontades e fazer o que der na telha. Quem sabe o que pode nos acontecer amanhã? Ou até mesmo agora? Quanto tempo vamos ter que esperar para ter a vida que tanto sonhamos?
Quando vamos criar coragem para nos assumir, assumir nosso verdadeiro EU, impor aquilo que a gente gosta e pensa, bater o pé e dizer "esse sou EU, e você não pode mudar isso".
Quando vamos criar vergonha na cara de ser aquilo que queremos sem medo dos julgamentos alheios? Quando vamos criar coragem para ser feliz?