Estamos numa geração em que tudo é substituível. Celular quebrou? Compra outro melhor, não vale a pena consertar, tudo é fácil de ser trocado. Até aí.. tudo bem, o mundo atual nos proporciona essa facilidade. O problema é quando pensamos que isso também funciona com pessoas. Quando achamos que há um estoque inteiro só esperando para ser o escolhido da vez.


Acredite, há um grande peso em ser o quebra galho, o pau pra toda obra. É uma responsabilidade e um esforço muito grande em satisfazer todos os requisitos impostos - mesmo que indiretamente - sobre os substitutos. É muito difícil saber o que fazer, como fazer e quando fazer a coisa certeza, até porque estamos substituindo outra pessoa e não somos ela para cumprir o seu papel (somos apenas um tapa buraco). E ser tapa buraco é uma tarefa para poucos. Haja emocional para saber que tudo aquilo é passageiro e que na verdade nem era pra você estar ali - então se conforme em receber as migalhas. Ser tapa buraco é se envolver e depois deixar ir pois seu papel é cuidar das feridas e pegar as dores do outro para que ele se recupere e possa voltar à ~versão original~ - considerando que você é a cópia.
Vivemos numa geração que não sabe lidar com as próprias dores e até isso precisa ser terceirizado. O problema é que não são máquinas que desempenham esse papel.


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