Não sei se vocês leram (e se não leram, façam-me o favor aqui) um texto que escrevi há um tempo falando sobre a tal da bad, tão presente no nosso dia a dia. E esses tempos conversando com uma amiga sobre isso, disse que não me sentia bem ao compartilhar as minhas bads e aprendi a lidar (e ser) sozinha. Ela discordou da minha atitude e então eu expliquei: ou as pessoas não se importam ou elas não entendem.

Eu considero a 1ª mais importante que a 2ª e a 2ª consequência da 1ª. Ok, deixe-me explicar leitor. Queixar-se para alguém que não se importa é como falar às paredes e falar para alguém que se importa, mas não entende é como pedir ajuda em um lugar com idioma diferente, ela até quer te ajudar, mas isso está além do que ela pode e quer fazer. Vivemos em tempos de péssimos ouvintes e não os culpo, até me incluo nessa. E explico mais uma vez: somos péssimos ouvintes por não entender e não entendemos a dor do outro justamente porque é no outro e nunca conseguiremos compreender quão importante e grave é até sentirmos na pele do que se trata. Não importa o quanto a gente se esforce ao explicar o que se passa conosco, a outra pessoa só vai entender por completo se já passou ou se passar por isso. Mas, repito, se importar é mais importante que entender. Entender é conforto, se importar é abrigo. Entender é humano, se importar é divino. Entender é razão, mas se importar é amor.


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