Da crise política. Da crise econômica. Da crise de ansiedade. Existencial. Pânico!
Estamos em pânico. Queremos correr para o colo da mãe, chorar, fechar os olhos e só abrir quando o mundo for aquele mar de rosas que era na nossa infância.
Talvez esse post ainda não sirva para você, mas te garanto que um dia vai. Ou se você tiver muita sorte e for na contramão da vida, ele nunca sirva. Assim espero.
Acho que conheço uns 3, talvez 4 casos pra contar. Um deles é o meu. Quando você chega no terceiro ano do ensino médio toda aquela pressão de passar no vestibular e ~ser alguém na vida~ vem junto. Você estuda, abre mão do seu sono, deixa de sair, se isola em uma sala de estudos e pensa "e se eu não passar? Imagina a vergonha! Fazer cursinho? Eu não!" E você passa. Passa na pública, na federal. "Meu Deus, que sonho!!"
Aí você percebe que seu sonho virou um pesadelo. Virou briga de ego, virou insônia, ansiedade. Virou depressão.
Queremos desistir, fugir para um lugar calmo, correr para o colo dos pais, chorar, chorar muito. "O que a faculdade fez comigo?". Mais uma vez em pânico.
Uma geração de desesperados fingindo ter controle sobre a situação quando na verdade não fazemos ideia do que está acontecendo. Não temos a mínima certeza do amanhã. Não sabemos quem somos nem quem queremos ser. E se sabemos, ainda assim não temos tanta certeza.
Somos bombardeados de informações, tarefas. Nos obrigam a levar uma vida que não é a nossa. Pânico! Pânico!
A única certeza que temos que um dia seremos engolidos por esse mundo e que seremos mais um túmulo no cemitério. "Preciso deixar minha marca, preciso fazer algo pra mudar isso." Mais correria, tarefas, metas a cumprir. Nada daquilo que te completa, nada daquilo é você. Mas você tem que fazer.
A faculdade nos adoeceu, nos emburreceu, nos deixou em crise. A vida nos amaldiçoou com sua rotina e não vemos outro caminho a seguir.
Eu quero andar pelo outro lado. Eu quero sair. Sair dessa ansiedade, desse pânico. Eu quero sair dessa crise.